Lançamentos literários (Editoras: Letra e Voz e Boitempo)
Nesta
postagem se encontram lançamentos bibliográficos na área de historiografia e
ciências sociais. Referências dedicadas especialmente a pesquisadores que
abordam em seus estudos as linhas de trabalho: História e política e História
Oral.
Grafia da vida: Reflexões e experiências
com a escrita biográfica
Alexandre
de Sá Avelar e Benito Bisso Schmidt
O
vivo interesse por trabalhos biográfiicos – refletindo-se numa pluralidade de
públicos, leitores e audiência – talvez exceda a simples lógica de mercado ou
os apelos que certos personagens notáveis parecem exercer. Visitado por prof
ifissionais de inúmeras áreas, o campo da escrita biográfica é certamente um
palco privilegiado de experimentação para o historiador, colocado em meio à
tensão entre o aspecto científico e o aspecto literário deste gênero.
Fazendo
histórias: O direito, a literatura e a vida
Jerome
Bruner
Em
Fazendo histórias: O direito, a literatura e a vida, o reputado intelectual
Jerome Bruner, considerado o criador da psicologia cognitiva e um dos autores
mais influentes na psicologia educacional moderna, pergunta-se: "Será que
é necessário mais um livro sobre narrativa, sobre relatos, sobre sua natureza e
a forma como eles são usados?". Sua resposta é sim, e se projeta sobre
ensaios agudos nos quais o autor argumenta que o ser humano começa a contar
histórias desde cedo -- e passa sua vida contando. O autor analisa o papel das
histórias narradas em três instâncias -- o discurso jurídico, o discurso
literário e o discurso autobiográfico.
Entre gritos e sussurros: Os sortilégios da voz cantada
Heloísa
de A. Duarte Valente e Juliana Coli
Sortilégio
– magia, encanto e até witchcraft, em inglês. Luciano Berio escreveu “o som de
uma voz é sempre uma citação, sempre um gesto. A voz, não importa o que faz,
mesmo o barulho mais simples, é inescapavelmente expressiva...”. E o canto é
tudo isso e muito mais. Ao mesmo tempo é arte, é cultura, é ciência, é (muito)
trabalho, é técnica e é expressão da emoção.
Este
livro, organizado por Heloísa de A. Duarte Valente e Juliana Coli, inclui
artigos sobre todos estes aspectos do canto e, em si, é um sortilégio. É
resultado da 3ª Jornada de Estudos em Música e Mídia, realizada em 2011,
organizada pelo Centro de Estudos em Música e Mídia (MusiMid), com a intenção
de “aprofundar os estudos sobre a voz cantada, em suas múltiplas facetas”.
Circuitos de subjetividade: História oral, o acervo e as artes
Richard
Cándida Smith
Os
“circuitos de subjetividade”, que articulam concepções de identidade e
comunidade, conectam as fontes orais a outros tipos de fontes – incluindo-se
aquelas que expressam ideias e sentimentos que as pessoas não conseguem
manifestar em palavras.
A
natureza inescapavelmente dialógica das fontes orais e a necessidade de
interpretação dessas fontes é a pedra angular de Circuitos de subjetividade:
História oral, o acervo e as artes. Com elegância e originalidade, Richard
Cándida Smith apresenta ao leitor brasileiro os resultados de mais de duas
décadas de pesquisas com fontes orais que vão muito além da história oral, e
passam pela linguística, pela estética e pela história da arte.
Mídia, poder e contrapoder
Dênis
de Moraes (org.), Ignácio Ramonet e Pascual Serrano
O
livro 'Mídia, poder e contrapoder - da concentração monopólica à democratização
da informação' reúne sete artigos que fazem uma reflexão crítica sobre o poder
mundial da mídia, a cultura tecnológica, a comunicação globalizada, o
jornalismo contra-hegemônico em rede, as políticas públicas de direito à
comunicação e a democratização da informação na América Latina.
Bazar da dívida externa
brasileira
Rabah
Benakouche
Analisando
a implementação da política de endividamento no período 1947-2007, seus atores,
interesses e estratégias de ação nesse processo, o professor da Universidade
Federal de Santa Catarina, Rabah Benakouche (Doutor em Ciências Econômicas pela
Universidade de Paris e doutor em Engenharia Industrial pela École Centrale de
Paris), demonstra por que a dívida externa brasileira acabou sendo também um
grande negócio.
No
Brasil, a dívida externa fez parte constitutiva da história do país;
estendeu-se por um longo período de quase dois séculos. Atormentou suas
relações externas e foi uma das principais fontes internas de instabilidade
política. Seu fim, em fevereiro de 2008, foi um fato histórico inédito e,
enquanto tal, merecedor de análises detalhadas, como a contemplada nesta obra.
Benakouche entende que, por ser essa dívida um grande negócio, a variável
econômico-mercantil é apenas uma das suas dimensões. Enquanto os estudos nessa
área costumavam focar, exclusivamente, a questão do equilíbrio do balanço de
pagamentos e ignoravam todas as demais dimensões do endividamento, Bazar da
dívida externa analisa as outras inúmeras dimensões, visíveis e invisíveis,
ditas e não ditas, pessoais ou organizacionais, que entram no jogo, quer seja
sob a forma de técnicas financeiras e jurídicas quer seja na divisão ou
proteção de mercado, ou ainda na esfera de influência geoestratégica ou
política. O livro tenta desvendar os sentidos e os significados das redes de
conexão entre juros, spread, prazos, interesses, estratégias, decisões... e
decisores
A política do
precariado
Ruy
Braga
Em
seu novo livro, o sociólogo e professor da Universidade de São Paulo, Ruy
Braga, utiliza os instrumentos teóricos da sociologia marxista crítica a fim de
propor uma leitura inovadora da história social do Brasil – do populismo
fordista ao atual lulismo hegemônico –, tendo como vetor analítico a “política
do precariado”. Definido como o proletariado precarizado, o conceito de
“precariado” situa esse grupo como parte integrante da classe trabalhadora,
enfatizando a precariedade como inevitável no processo de mercantilização do
trabalho.
Em
breve mais sugestões bibliográficas.
Boa
leitura a todos!
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